Diante o entendimento da sociedade em relação ao consumo consciente, com mudanças de comportamento e preferência por marcas sustentáveis, podemos refletir sobre como a indústria de meios de pagamento também está se adequando às necessidades essenciais para manter o nosso planeta vivo.
Segundo a pesquisa global Elementos de Valor, da Bain & Company, para 14% dos consumidores, a consciência ambiental e social está entre as prioridades para realizar uma compra; enquanto 27% classificam o planeta como a terceira prioridade para a compra – atrás somente da qualidade do produto e dos benefícios para a saúde. Sobre o que estão dispostos a pagar pelos produtos, 70% dos consumidores entrevistados dizem pagar um valor mais alto pela sustentabilidade (cerca de 10% a 25% a mais).
Invariavelmente, a evolução dos pagamentos digitais tem contribuído para que as empresas reduzam suas pegadas de carbono em paralelo ao aumento da eficiência e o aprimoramento da gestão financeira.
Além das carteiras digitais, dos cartões virtuais, do Pix e outras formas de pagamento que não exigem meios físicos para efetuar transações e nem comprovante impresso, muitas empresas no varejo físico, por exemplo, estão aderindo ao cupom verde, que substitui o cupom fiscal impresso pelo digital. Isso é uma tendência, pois os comprovantes de compras nas maquininhas de cartão não são recicláveis.
Em levantamento da empresa Cupom Verde, no Brasil, em apenas um ano, a produção de cupons fiscais é responsável por mais de 400 mil árvores derrubadas, mais de 35 bilhões de litros de água consumidos, mais de 5 mil litros de petróleo utilizados e a emissão de mais de 37 mil toneladas de CO2, sem contar com a energia dispendida para a produção.
Real Digital
O Banco Central trabalha para digitalizar o nosso papel-moeda, tendo em vista benefícios como redução do custo de impressão de papel e maior acesso à inclusão financeira com as simplificações de serviços de pagamentos. Além disso, transportar dinheiro físico entre cidades requer despesas com transporte, logística, abastecimento e segurança.
Nesse contexto, a tecnologia é uma ferramenta sustentável porque nos ajuda a reduzir o volume de materiais físicos, sem contar com a otimização de serviços e redução de custos que a digitalização proporciona.
O papel social da indústria de pagamento
A Organização das Nações Unidas (ONU) identificou a inclusão financeira como um acelerador eficaz em direção às metas de desenvolvimento sustentável. Os pagamentos digitais são um dos muitos serviços que podem impulsionar a inclusão financeira em todo o mundo. À medida que os métodos de pagamento alternativos ganham popularidade, como o Pix, milhões de clientes que não tinham acesso a serviços financeiros podem usar seus smartphones para fazer pagamentos, transferências, poupança e empréstimos.
E a Fiserv trabalha para apoiar os varejistas a aceitarem novas formas de pagamento. Os pagamentos digitais têm o potencial de não apenas ultrapassar novos limites quando se trata de reduzir o impacto ambiental, mas também potencializar novos fluxos de receita para os varejistas, contribuindo para ganhar novos clientes.
É hora de todos nós investirmos em nosso planeta e garantirmos um futuro próspero e sustentável. Ao passo que a rápida digitalização do mundo continua avançando, as fintechs e os pagamentos terão um papel cada vez mais importante a desempenhar no meio ambiente.
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