
Este mês, o Pix completou dois anos com grandes conquistas alcançadas: passou a ser um dos meios de pagamento mais utilizados pelos consumidores e é certamente o maior êxito em termos de adesão a novas tecnologias da história recente do país.
São quase 750 instituições aprovadas para oferecer o produto, 523 milhões de chaves cadastradas até outubro deste ano atribuídas a 138 milhões de usuários (considerando transações entre pessoas físicas e jurídicas) e já passando de R$1 trilhão nas transações mensais, segundo dados do Banco Central.
De acordo com a pesquisa "Carat Insights – Tendências dos Meios de Pagamento para 2023", realizada pela Fiserv, nos próximos dez anos, o Pix provavelmente continuará sendo o método de pagamento preferido, com 87% dos consumidores dizendo que planeja usá-lo, seguido por carteiras digitais (80%) e QR Code (78%).
Grande parte do sucesso da modalidade é que além da compensação instantânea, ela reduz o custo da operação para o varejista.
Com a isenção de taxas, o Pix passa a ser mais atrativo em relação às transações em cartões, vouchers ou emissão de boletos, proporcionando ao estabelecimento comercial a oportunidade de ‘direcionar’ um percentual dessa redução para o seu cliente final – oferecendo, por exemplo, 5% de desconto no pagamento à vista via Pix. E as oportunidades para o e-commerce?
A experiência de pagamento com Pix no universo online ainda é desafiadora, pois demanda diversas etapas como abrir o aplicativo do banco, transacionar com Pix e confirmar o pagamento.
A notícia boa é que alguns varejistas começam a considerar a possibilidade de utilizar um iniciador de pagamentos para otimizar a experiência do cliente.
Com isso, será possível reduzir as etapas do pagamento no e-commerce especialmente porque o usuário não precisa acessar o seu banco para realizar o pagamento.
Dedos cruzados para que o inicializador reduza as taxas de abandono do carrinho com a simplificação da operação, deixando a experiência de compra mais simples e ágil. Abrem-se novas perspectivas e, quanto mais facilidade para o Pix, mais sucesso para as compras por impulso.
Os requisitos técnicos e operacionais para compartilhamento do serviço de iniciação de transação de pagamento de Pix às instituições participantes do Sistema Financeiro Aberto (open banking) já foi estabelecida conforme a Resolução BCB 118, aprovada em meio à disposição da Resolução BCB nº 109, de 24 de junho de 2021.
Foi dada a largada e, além de prover as tecnologias para apoiar os varejistas, estamos acompanhando a evolução dos meios de pagamento no Brasil e no mundo. Em seu segundo ano, o Pix já é sucesso e agora estamos de olho no seu impacto no e-commerce.
Giuliana Plastina Cestaro é diretora de Produtos e-commerce da Fiserv para América Latina.